terça-feira, 26 de agosto de 2008

em vitória/es


Acabo de chegar a Vitória, onde amanhã darei uma palestra sobre Propaganda na Internet.

Primeira observação foi o vôo que decolou no minuto exato que estava  programado, o que me obrigou a literalmente correr todo o aeroporto, incluindo as escadas.

O segundo detalhe interessante foi a revista da TAM que a cada matéria dava sugestões adicionais como "busque o vídeo no YouTube" ou "saiba mais na Wikipedia". As ferramentas 2.0 estão chegando e convergindo com as mídias offline.

Por fim, o crescimento de Vitória esta tão acelerado que aqui tem o Ibis mais caro do Brasil, pq esta sempre cheio.

Agora, com licença, pois vou procurar o tal Triangulo das Bermudas que me foi muito bem recomendado...
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Sent from my iPhone

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Esquenta briga de navegadores da Internet


Reproduzo abaixo matéria publicada sábado na coluna Mercado Aberto da Folha de São Paulo.

A guerra travada entre os concorrentes da Microsoft pelo mercado de navegadores da internet (programas que permitem aos internautas acessar a rede) ganhou um novo capítulo no Brasil. É o que mostra pesquisa da Predicta, que monitora acessos de brasileiros na rede.

Entre maio e julho de 2008, o acesso à web pelo Firefox, navegador da Mozilla, cresceu 36%, saindo de 6,1% de participação do mercado para 8,23%. Segundo os executivos da companhia, o país desponta como um dos principais em novos adeptos. Isso pôde ser comprovado com o lançamento do Firefox 3. Essa versão deixou o acesso aos sites mais rápido. Nesse período, o Firefox 3 entrou para o livro dos recordes por registrar o maior número de downloads (o programa para instalá-lo no computador é extraído da internet) em um único dia. Ao todo foram 28 milhões, sendo 598 mil baixados no Brasil.

Para Fred Pacheco, gerente de Business Intelligence da Predicta, os números fizeram a Microsoft antecipar o lançamento da nova versão do Internet Explorer para o fim do ano. No Brasil, a participação da empresa de Bill Gates caiu de 93% para 90,7% no período.

domingo, 17 de agosto de 2008

O fim da era dos cliques

Vamos tirar os botões do mouse? Ainda não... Mas, em breve deveremos tirá-los do planejamento e das métricas de campanhas online.

O antigo e ultrapassado % CTR (taxa de cliques) mede apenas quantas vezes um peça foi clicada a cada cem exibições. Mas, não mostra se este usuário realmente chegou ao website, esperou o mesmo carregar, navegou no conteúdo ou, o mais importante, realizou uma compra ou conversão.

As empresas precisam saber mais! Precisam saber a eficiência da campanha até sua ponta final, para acompanhar os diferentes indicadores: custo de impressão da peça, custo por usuário impactado, custo por visita no site e custo de aquisição de um cliente, entre outros.
Qual é o mais importante? Depende do objetivo de cada campanha.

Se uma campanha tem objetivo institucional ou de comunicação de uma mensagem simples, novos formatos de publicidade interativa já podem fazer todo o trabalho de comunicação da campanha, sem necessitar de cliques ou visitas a websites. E, neste caso, o mais importante é medir quantas interações ocorreram com a peça. Tecnologias como widgets podem inclusive realizar operações no próprio ambiente do Portal, como encontrar a loja física mais próxima do trabalho.

O CTR ainda tem seu valor para demonstrar o interesse em uma determinada peça ou linha criativa, mas deve ser visto com ressalvas, pois fica fácil aumentar o índice de cliques colocando um mulher nua no banner; mas, o que o cliente encontrará após o clique? Cumprirá a promessa criada na mente do usuário? Será um conteúdo ou produto relevante a mensagem do banner, de forma a gerar consumo?

Adicionalmente, estamos na era do pouco tempo e falta de paciência. Assim, o ideal é já oferecer ao usuário o conteúdo que ele necessita na apresentação da peça! Poupe o tempo do usuário, ofereça uma mensagem direta e muito alinhada ao conteúdo que ele encontrará após o clique. Aproveite o momento que o usuário está interagindo, ainda que fora do seu site, em um Portal por exemplo, para comunicar o que é necessário.

Novos formatos de richmedia ajudam bastante neste aspecto, possibilitando convidar o usuário a uma interação com pouco espaço ocupado e quando demonstra seu interesse a peça entregará a informação relevante. Por exemplo, uma oferta de consórcio da Ford que permita ao cliente interagir definindo até quando pode esperar pelo carro, para visualizar as informações personalizadas a esta decisão. Se continuar interessado, aí poderá clicar e ser direcionado para a contratação em uma página específica para os parâmetros selecionados pelo visitante.

No futuro, é possível que se reduza também a importância do clique dentro do site visitado. Hoje ainda se considera muito o número de páginas por visita ou o número de cliques. Mas, isto é realmente relevante? Não é mais interessante medir a efetiva interação do usuário com os conteúdos? Por exemplo, páginas de vídeo onde não basta saber se o cliente chegou, mas se este interagiu assistindo o vídeo até o fim ou pasando-o ou pulando-o ou maximizando-o.

O mesmo vale para outros conteúdo. Veja um excelente conteúdo experimental de site que interage inteiramente sem cliques - o projeto DON'T CLICK IT. Esta é na verdade a forma natural das pessoas; não viemos com botões nas pontas dos dedos, estamos acostumados a interagir tocando ou arrastando. É melhor já ter o resultado da interação sem precisar clicar e aguardar - fazer o usuário clicar é cada vez mais difícil; estamos desconfiados.

Esta é a razão pela qual o iPhone faz tanto sucesso: interage através dos toques dos dedos com gestos como arrastar, ao invés de clicar em uma seta para o lado.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Café com Blog

Amanhã, acontece em São Paulo mais uma edição do Café com Blog, da revista Bites e seu editor, Manoel Fernandes.
Evento que reúne empresas e especialistas que trabalham para utilizar produtivamente as ferramentas colaborativas - Web 2.0 - para os negócios das empresas.

Eu participarei, fazendo uma palestra sobre "Como converter vendas com a ajuda das ferramentas de Web 2.0".

Quem tiver interesse, pode se increver através dos contatos no panfleto ao lado ou pelo e-mail cafecomblog@bites.com.br.

Mais informações: http://www.cafecomblog.com/programa.php

O evento foi muito bom. Durante minha palestra, havia aproximadamente 50 pessoas no encontro.

Falei principalmente sobre novos canais e resultados de campanhas com eles. Vejam um dos comentários externos que foram feitos sobre minha apresentação.

O encontro também foi importante para trocar idéias com profissionais como o João do Google, o Marco da Cisco, o Manoel da Bites, dentre outros. Uma ótima oportunidade para profissionais deste mercado; recomendo a todos de São Paulo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Nem só de TV vive o consumidor

Agências e anunciantes já perceberam a importância da mídia online e investem (ainda que timidamente) parte de seu orçamento neste canal. É um bom começo, mas não resolve se for encarado apenas como um “outro canal”, ao invés de compor um planejamento integrado de comunicação da empresa.



É preciso aproveitar e integrar todos os pontos de contato com o cliente – mídias, lojas, call center, entregas, cobrança, auto-atendimento – para manter um “diálogo” coerente e contínuo com este cliente. Em recente entrevista para a revista Exame, Shelly Lazarus, CEO mundial da Ogilvy & Mather, comentou que os novos meios de comunicação respondem por 56% do faturamento do grupo. “Hoje não existe distinção se vamos falar com o consumidor pela internet, pelo celular, pela televisão ou por uma sacola distribuída no supermercado. Procuramos simplesmente o melhor meio de atender à necessidade do cliente e toda a equipe trabalha em conjunto nisso”, acrescentou.



O desafio é ter uma visão única deste público-alvo, de forma a permitir que os diversos momentos de contato com ele sejam planejados e coerentes. Algumas mídias tradicionais como a TV não permitem customização profunda, no máximo campanhas com ondas seqüenciais – embora a ainda recente TV digital interativa deva mudar isso. No entanto, novos canais como a internet ou a telefonia móvel permitem personalizar a mensagem ao comportamento do usuário e este será o próximo grande salto publicitário, rumo ao efetivo resultado de um planejamento integrado.



Um banco, por exemplo, se relaciona com os clientes através de diversos canais; e deve aproveitar a todos para ampliar o seu relacionamento. É preciso mapear quando o cliente se relaciona por cada canal, qual é a operação realizada, os produtos que já possui e suas preferências, para entregar a mensagem mais relevante para cada cliente e a cada interação, aumentando assim o índice de conversão das campanhas.



Tradicionalmente, no entanto, os bancos fazem apenas campanhas de massa, com uma única mensagem oferecendo cartão de crédito mesmo para quem já possui. Mas, deveria elaborar uma campanha integrada onde os canais se complementam: a Internet pode apresentar peças de teaser até iniciar a campanha da TV com benefícios e ofertas; a seguir, a Internet pode entregar anúncios do cartão para os clientes que ainda não o possuem e anúncios de cartões adicionais para quem já é titular de um (através de identificação ou cookies).

Mas, não é só mídia: as agências e caixa-eletrônicos devem ter peças de merchandising, os call centers scripts e conhecimento sobre o cliente para suportar a oferta; sem esquecer dos clientes que usam buscadores, aos quais é possível entregar conteúdos diferentes se já foi ou não impactado pela campanha; além de marcar seu perfil em todos os canais como alguém interessado na oferta. Por fim, após a contratação, este não deve mais ser impactado com esta oferta para não jogar mídia fora, aproveitando o espaço para novas ofertas.



Parece bom, não é? O que falta para todas as campanhas serem assim? A tecnologia ainda é nova e nem todos a conhecem bem, mas já existem excelentes ferramentas de Behavioral Targeting (segmentação por comportamento) que se integram aos AdServers para otimizar a mídia e fortalecer o relacionamento.

O que falta de verdade é a cultura da maioria das agências para planejar uma campanha integrada – falta visão mais ampla sobre o real negócio do cliente. Citando novamente Shelly Lazarus, ela explica seu sucesso a frente da Ogilvy: “adoro atuar em conselhos de administração de empresas, pois isso amplia meus horizontes em questões pouco comuns no dia-a-dia da publicidade”.